quinta-feira, 29 de julho de 2010

SUPERMERCADO

No supermercado

Aprenda a somar as calorias a favor da sua dieta

É fácil encontrá-las no topo de qualquer rótulo alimentício e você já não consegue mais se livrar da mania de contá-las a cada delícia que leva à boca. Mas afinal, o que são as famosas e temidas calorias?

A responsável pela equipe nutricional do Minha Vida, Roberta Stella, esclarece: caloria é uma forma de medida que representa a energia dos nutrientes contidos nos alimentos.

Usando termos mais específicos, uma caloria é a quantidade de energia necessária para aumentar a temperatura de 1 litro de água em 1 grau Celsius. É por este motivo que, em nutrição, ela é chamada de quilocaloria. Isso também explica a abreviação Kcal, sempre vista nos rótulos dos alimentos e nas receitas.
Carboidratos, proteínas, gorduras e álcool fazem parte do time de nutrientes que fornecem calorias. Os carboidratos e as proteínas apresentam 4 calorias por grama. Já o álcool e a gordura disparam com 7 e 9 calorias por grama, respectivamente. Isso significa que, se o rótulo de um alimento indica 15 gramas de carboidratos, 1,4 grama de proteínas e 3,5 gramas de gordura, vai somar 97,1 calorias. O resultado é obtido através da expressão (15X4) + (1,4X4) + (3,5X9).

Mas por que controlar as calorias?
Todo tipo de dieta leva em consideração a soma diária de calorias, seja para manter o peso, emagrecer ou, ainda, ganhar massa muscular. Roberta afirma que cada pessoa apresenta uma necessidade calórica para deixar o ponteiro da balança equilibrado. De acordo com ela, o número ideal de calorias é obtido através de fórmulas específicas que questionam sexo, idade, peso, altura e prática de atividades físicas.
Para eliminar aqueles indesejáveis quilinhos a mais, por exemplo, a receita não tem nenhum mistério. É necessário que a quantidade de energia fornecida pelos alimentos seja menor que a quantidade de energia gasta pelo organismo , explica a nutricionista.

Esse déficit calórico fará com que o corpo queime o estoque de gordura para obter a energia que precisa. Emagrecer nada mais é que diminuir a gordura corporal em excesso , completa.

Atente às armadilhas
A soma de calorias, porém, está longe de ser a única ferramenta para montar o cardápio adequado. A especialista do Minha Vida alerta que as calorias são apenas um item a ser considerado na elaboração de uma dieta.

Também é preciso prestar atenção na quantidade de macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras) e de micronutrientes (vitaminas e sais minerais).

Só somar as calorias não significa que a alimentação seja adequada .
A nutri quer dizer que duas mil calorias de proteínas são numericamente iguais a duas mil calorias de gorduras, mas os valores nutricionais são completamente diferentes. O excesso ou a deficiência nutricional podem acarretar prejuízos à saúde. A recomendação é que o valor total de calorias diárias seja obtido da combinação adequada de macronutrientes , completa.

Se você tem bons hábitos alimentares, ingere diariamente legumes, frutas, verduras, cereais, leites e derivados, a monitoração da quantidade calórica pode ser válida, ajudando no controle de peso , garante Roberta. Por outro lado, somar as calorias de um cardápio repleto de alimentos refinados, açúcares e gorduras dificilmente surtirá efeito positivo na dieta.

Você pode até controlar a ingestão calórica. Mas, quando atingir o peso desejado, não vai saber montar uma alimentação balanceada.

É preciso saber equilibrar os nutrientes doprato e saber a quantidade certa para consumi-los .


Truques na manga
Nada de transformar a conta de calorias em um tormento. Fugir das versões mais gordas dos alimentos é uma boa alternativa para economizar calorias sem precisar recorrer a uma calculadora. A preparação dos alimentos está diretamente ligada à quantidade calórica , lembra a nutricionista.

Os alimentos fritos, por exemplo,esbanjam calorias, enquanto os grelhados e assados não se aliam ao nutriente mais rico em caloria por grama de peso, a gordura.

Se seu objetivo é diminuir as calorias do cardápio, recuse tentações como empanados, molhos à base de maionese e queijos amarelos, já que esses tipos de preparações que também contêm bastante gordura.

Para acelerar a queima de calorias, o segredo é praticar atividade física regularmente. E nem é preciso correr para a academia. Roberta afirma que pequenas atitudes do dia-a-dia surtem grandes efeitos.

Caminhar de casa até o trabalho, subir as escadas do prédio ou, ainda, fazer uma bela faxina na casa deixam o corpo em movimento e ajudam o organismo a eliminar o estoque de gordura , fala a especialista sobre hábitos simples que torram calorias

materia tirada da internet - guia da alimentação

PIRÂMIDE ALIMENTAR

Pirâmide alimentar
5 armadilhas destroem a alimentação saudável, fuja delas
Drible os erros mais comuns no uso da pirâmide alimentar

5 armadilhas destroem a alimentação saudável, fuja delas
Seguir as orientações contidas na pirâmide alimentar para manter uma alimentação saudável é uma ótima iniciativa. Mas os planos para equilibrar a saúde podem ir por água abaixo (e ponteiro acima) se você não tomar cuidado na horade combinar as porções.

Para fugir dos erros comumente cometidos pelos iniciantes no método, a responsável pela equipe nutricional do Minha Vida, Roberta Stella, montou uma lista com os erros mais comuns. Veja se as dúvidas a seguir já rondaram sua cabeça na hora de montar seu prato guiado pela pirâmide e saiba como escapar dessas armadilhas, da melhor maneira.

Armadilha: Ficou difícil resistir à macarronada do almoço e você não pensou duas vezes na hora de encher o prato de carboidratos. Como não quer extrapolar as porções que tinha programado para o dia todo, resolve banir o nutriente do restante das refeições.

Dica: Faça um planejamento antecipado para não restar dúvidas sobre o número e a quantidade das porções que você precisa ingerir durante o dia. A princípio, parece um pouco trabalhoso. Mas basta fazer os cálculos no primeiro dia e seguir essa organização nos outros, usando atabela de substituições como guia , ensina a nutricionista. Se você escorregar em alguma refeição, nada de ficar rearranjando os grupos alimentares. O conselho da especialista é manter o planejamento como se o deslize não tivesse acontecido. Tentar consertar o erro pode gerar confusão e fazer com que nutrientes importantes para o organismo não sejam ingeridos na quantidade adequada , ressalta Roberta.

Armadilha: Seu objetivo é contar com os princípios da pirâmide alimentar para emagrecer. Por isso, você toma muito cuidado com o grupo dos cereais, pães, tubérculos e raízes, rico em carboidratos. Você dispensa algumas porções e garante o baixo valor calórico do seu cardápio.

Dica: A pirâmide nada mais é do que a representação global de um cardápio balanceado. O maior cuidado ao segui-la deve ser para que todos os grupos alimentares estejam presentes na alimentação na quantidade mínima , alerta Roberta. Ou seja, se a quantidade indicada. Isso diminui a possibilidade de excessos na alimentação, já que você não chega faminto à próxima refeição.

Armadilha: Como você não tem o costume de comer à noite, prefere agrupar as porções que deveriam compor o jantar com as do almoço. Afinal, o que vale é a soma final das porções dos grupos alimentares indicadas pela pirâmide.

Dica: A pirâmide alimentar estimula o bom hábito à mesa. Portanto, não é recomendado concentrar os grupos alimentares em poucas refeições , explica Roberta. O conselho da nutricionista do Minha Vida é optar por alimentos de fácil digestão e que façam parte da sua rotina alimentar.

Se você não está acostumado a jantar, substitua os alimentos típicos dessa refeição por outros que podem montar um lanche. Troque o arroz por pão, a carne por um embutido e assim por diante. Mas é importante seguir as porções de cada grupo , diz. Para acertar nos mandamentos da pirâmide, fuja da monotonia

Armadilha: Definitivamente, você não é fã das hortaliças e elas não fazem falta nenhuma no seu cardápio. Por isso, você nem se preocupa com as porções deste grupo alimentar. O melhor a fazer é riscá-las do menu e ingerir as calorias referentes a essas porções com outros grupos.

Dica: Deixar algum grupo alimentar de lado, segundo Roberta, não prejudica o andamento da pirâmide. Mas o propósito de criação dela é justamente oferecer uma alimentação rica em todos os nutrientes. Excluir os legumes, por exemplo, terá como conseqüência a carência de minerais e vitaminas, fundamentais para o corpo. Também é importante lembrar que nenhum grupo substitui outro. A conclusão é que deixar de ingerir legumes para aumentar a quantidade de porções das frutas não é atitude acertada. Uma alimentação adequada requer variedade alimentar decorrente da ingestão de alimentos pertencentes a todos os grupos alimentares

Decifre a pirâmide alimentar e monte a sua própria dieta
O gráfico esconde todos os segredos de um prato ideal, aprenda a interpretá-lo
De uns tempos para cá, ficou mais difícil arranjar argumentos para explicar os quilinhos a mais ou o colesterol alto. Por que? Simples: preocupados com a qualidade da alimentação, os especialistas se reuniram e montaram um diagrama que contém todas informações necessárias para você montar refeições saudáveis. Trata-se da famosa pirâmide alimentar, desenvolvida pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos em 1992.

A ilustração, em formato triangular e separada por blocos, indica quais nutrientes devem ser priorizados na alimentação do dia-a-dia. Tudo de maneira bem simples e objetiva.

Segundo a responsável pela equipe nutricional do Minha Vida, Roberta Stella, a divisão dos grupos alimentares e de quais alimentos fazem parte de cada pedaço da pirâmide, é baseada em diversos fatores. A cultura, as preferências e o padrão alimentar da população são levados em consideração . É por este motivo que existem variações dessa ferramenta educativa.

Exemplo disso são os guias alimentares formulados pelos países orientais. Na China e na Coréia, a imagem de um pagode (construção típica destes países) retrata as indicações de uma alimentação saudável , lembra a nutricionista. Ela conta ainda que, no Canadá, a ilustração é baseada em um arco-íris. Já nos países como Austrália, Alemanha, México e Portugal a representação circular entra em cena.
Por trás das imagens
As mudanças realmente significativas não estão ligadas ao desenho da pirâmide, mas sim à quantidade ideal das porções de cada grupo, variada de acordo com os hábitos da população.

O Brasil também adota o formato da pirâmide, como nos Estados Unidos, mas o nosso diagrama tem alguns pontos diferentes. A norte-americana apresenta seis grupos alimentares. Já a nossa pirâmide está dividida em oito grupos: cereais, pães, tubérculos e raízes; hortaliças; frutas; leite e derivados; carnes e ovos; leguminosas; óleos e gorduras; açucares e doces , ressalta a especialista.

Entre os grupos a mais, encontram-se as leguminosas. O feijão tem papel marcante na alimentação cotidiana dos brasileiros. Por isso, as leguminosas aparecem desvinculadas do grupo das carnes e dos ovos , explica Roberta. A outra distinção fica por conta da separação dos açúcares e das gorduras essa, simplesmente, por uma questão organizacional.



Grupo Alimentar Porções diárias Valor calórico de uma porção (calorias)
Cereais, pães, tubérculos, raízes 5 a 9 150
Hortaliças 4 a 5 15
Frutas 3 a 5 35
Leite e derivados 3 120
Carnes e ovos 1 a 2 190
Leguminosas 1 55
Óleos e gorduras 1 a 2 73
Áçucares e doces 1 a 2 110
Entendendo a pirâmide
Os grupos que constroem a pirâmide foram agrupados a partir de suas características nutricionais e dividem-se em porções. Cada porção, por sua vez, tem um número de calorias determinado. Com as calorias da embalagem fica fácil calcular a quantidade necessária de cada alimento para formar uma porção, ensina Roberta. Confira a tabela


Cereais, pães, tubérculos e raízes formam a base da pirâmide e representam o grupo de maior destaque no cardápio diário. A nutricionista do Minha Vida mostra que eles devem ser consumidos em cinco a nove porções ao longo do dia. Cada porção apresenta 150 calorias.

Em segundo lugar no ranking, estão as hortaliças, distribuídas em quatro a cinco porções dentre as refeições e somando apenas 15 calorias por porção.

Logo em seguida, vêm as frutas, representadas por três a cinco porções, de 35 calorias cada. Já o leite e seus derivados não devem ultrapassar três porções, scada uma delas com 120 calorias. Carnes e ovos ficam entre uma e duas porções diárias, assim como os óleosas gorduras e os açúcares. Uma porção do grupo das carnes e dos ovos contém 190 calorias, enquanto os óleos e as gorduras apresentam 73. As leguminosas devem se limitar a apenas uma porção, com 55 calorias.

Minha pirâmide
Se o objetivo é emagrecer, manter ou, ainda, ganhar peso, não importa. A pirâmide pode servir de base para alcançar todas as metas. Independente do caso, a quantidade mínima de cada grupo deve ser ingerida , alerta a nutri sobre a única ressalva sobre o método.

Roberta só esclarece que, se a restrição calórica for grande, é possível excluir os grupos de gorduras ou açúcares da alimentação. Isso porque esses nutrientes são naturalmente consumidos e, isolados, não fornecem nutrientes importantes para o organismo.

Como exemplo, ela cita o açúcar. Trata-se de um alimento energético que pode ser excluído, já que o grupo dos cereais, pães, tubérculos e raízes também faz parte do mesmo grupo. No mais, basta seguir as orientações, de acordo com o seu plano. O primeiro passo é saber qual a sua necessidade calórica , diz a nutri.

DIETAS DAS CELEBRIDADES

Dietas das celebridades: não caia nessa cilada!


Papinha, laxante, suco de limão e até vinagre. Lindas e magras, as famosas são capazes de verdadeiras maluquices para enxugar as medidas. Muitas vezes, o sacrifício tem consequências que vão além das esquisitices. Exemplo: aos 37 anos, Gwyneth Paltrow tem os ossos de uma mulher de 80 anos. A atriz declarou recentemente que sofre de osteopenia, uma doença que consiste na perda da massa óssea e é precursora da osteoporose. Ela seguiu durante 11 anos a dieta macrobiótica, a mesma da sua colega Madonna, que restringe produtos lácteos e carne vermelha, e pode estar por trás do problema por conta da pouca absorção de cálcio.

A dieta de Paltrow não é nem de longe a mais estranha. Em geral, as estrelas usam dietas restritivas e pobres em nutrientes. Veja os truques das celebridades para se manter magérrimas - e suas contra-indicações:

Dieta no banco dos réus. Muitas celebridades passam dias à base de água e energéticos ou suco de frutas. A atriz Marcia Cross, do seriado Desperate Housewives, foi vista recentemente jantando fora com o marido. De acordo com uma testemunha, a ré só tomou suco a noite inteira. Veredicto: culpada. Pena: uma dieta pobre em nutrientes e um perigo para a saúde. Marcia Cross já falou publicamente sobre a angústia e a pressão que sofre para manter a forma. "É uma luta constante. Eles me pagam para eu ser magra", declarou. No caso dos energéticos, quando consumidos em excesso, como ocorre nessa dieta, causam ansiedade, agitação e cefaleia, por conta das substâncias estimulantes. "São substâncias que alteram o funcionamento de nosso organismo de forma brusca, por isso devem ser ingeridas com moderação e certa cautela", diz o fisiologista especializado em medicina esportiva, Jorge Zogaib

Bad, bad dieta. A cantora e também mulher-espetáculo, Lady Gaga não abusa só nos looks. Sua dieta também tem contornos de absurdo, assim como a cinturinha extremamente esguia que ela vem exibindo. O cardápio consiste no seguinte: papinhas - e só. Em vez de comer o alimento sólido, rezam os tabloides que Gaga só ingere comidinhas de neném. Outra adepta do cardápio é a atriz Jennifer Aniston. O perigo dessa dieta é evidente: "papinhas destinadas ao público infantil, atendem necessidades de uma criança e não deve ser utilizadas como substitutas de uma refeição para adultos", explica a nutricionista Lidiane Martins. Alimentar-se dessa forma traz uma carência de fibras e nutrientes, tendo em vista que os alimentos triturados perdem também boa parte das vitaminas.

Hollywood: modernidade líquida. Nos anos 80, elas foram moda. Sarah Jessica Parker e Salma Hayek deram conta de resgatar a moda nada saudável da década perdida: é proibido mastigar. Conhecida agora como juice cleanse, a dieta desintoxicante baseada em sucos de vegetais, sucos e castanhas ganhou ares profissionais, pois nos Estados Unidos muitas empresas oferecem kits com as instruções para segui-la. No entanto, essa dieta é deficiente em ferro e proteínas, principalmente e não deve ser seguida por mais de cinco dias e se repetida muitas vezes, a saúde pode sair prejudicada por causa do sobe e desce tão brusco de ingestão de calorias, que é muito baixa nessas dietas. Além disso, não é recomendável ingerir apenas líquidos, pois isso pode afetar sua mastigação: "a mastigação também faz parte do processo de digestão, é como se ela avisasse o organismo que há um bolo alimentar chegando. Sendo assim, ingerir muito alimento líquido pode, em longo prazo, tornar seu intestino mais lento", diz a nutricionista Myrian Najas.

Vinagre, milagre. Mais uma dieta trazida do túnel do tempo, a "dieta do vinagre de maçã", famosa na década de 70, ressurgiu por conta da cantora Fergie e da top model Heidi Klum. Funciona assim: antes de comer, elas bebem uma pequena dose de vinagre de maçã, acreditando que o ácido corta a gordura do corpo. O método é contra indicado, pois o vinagre pode acabar totalmente com o apetite, fazendo a pessoa não querer comer absolutamente nada - e adoecer, em vez de emagrecer. Porém, dá para você ser mais esperta que as cantoras e modelos e aproveitar apenas os benefícios do vinagre, utilizando-o para temperar aquela salada que vai servir de entrada às suas refeições. "Não podemos exagerar na dose de vinagre, pois o ácido acético tem a capacidade de agredir as mucosas da parede estomacal, podendo provocar gastrite ou úlcera", diz a nutricionista Lidiane Martins. Um estudo da Universidade de Michigan, nos EUA, sugere que consumir cerca de quatro colheres de chá (20 mililitros) de vinagre também ajuda a regular os níveis de insulina no sangue.

All the single ladies (com fome!). A cantora Beyoncé Knolwes optou por uma dieta radical durante duas semanas. Ela ficou em jejum nesse tempo, ingerindo apenas suco de limão misturado com pimenta vermelha. À noite, bebe-se apenas um chá laxante e, pela manhã, água com sal. "Ficar de jejum é prejudicial . O importante é comer sempre a cada três horas, independente de sentir fome. Ao comer com frequência, comemos porções menores, sem prejudicar a saúde", aponta a nutricionista Lidiane Martins. Além disso, há o absurdo desse cardápio. Duas semanas - e até menos que isso - à base de limão, pimenta e chás pode comprometer seriamente a sua saúde.

Macro exagero. Madonna segue uma dieta alimentar orgânica, conhecida como macrobiótica. A dieta macrobiótica é uma prática já mundialmente difundida. Essa dieta, se bem orientada, pode ser saudável, porém os seguidores mais radicais restringem a alimentação aos cereais, além de uma filosofia de vida específica. Assim, as proteínas animais ficam de fora e os derivados do leite, são restringidos, fazendo com que a absorção de cálcio fique prejudicada. A atriz Gwyneth Paltrow revelou recentemente que seu médico a diagnosticou com uma condição chamada osteopenia, perda de massa óssea, uma etapa que precede a osteoporose. A atriz de 37 anos tem os ossos de uma mulher de 80 anos de idade. Ela seguiu durante 11 anos a dieta macrobiótica, que pode estar por trás do problema com a perda de massa óssea, por conta da pouca absorção de cálcio.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

DICAS PARA EMAGRECER RAPIDO E COM SAÚDE

Se você está cansada de dietas e regimes rigorosos, que prometem emagrecer muitos quilos, mas que te fazem comer pouco e limitam a sua vida, tenho algumas dicas que eu mesma sigo, e que sempre me fazem entrar em forma rapidinho! Não existe milagre, existe esforço. Deixar de comer não é fácil, mas seguindo algumas dicas, o peso vai embora sem muito esforço. Não gosto de seguir um cardápio específico, então sempre sigo alguns passos básicos que me fazem emagrecer até 3kg em uma semana:
Tome muita água. Muita mesmo. A água, além de hidratar, dá uma sensação de saciedade incrível.
Se der vontade de comer doces, coma uma fruta doce. Evite manga, abacate e uva, pois são muito calóricas.
Coma muita melancia. Ela tem muito líquido, sacia a fome, e hidrata o corpo.
Deixe de comer, ou diminua bastante, o consumo de arroz e pão branco. Se for comer feijão, misture com alguma salada, e deixe o arroz de lado por um tempo.
O café da manhã deve ser a sua principal refeição. Coma mamão, pão integral, leite e iogurte desnatado.
No almoço, faça um prato de salada bem colorido. Misture alface, cenoura, chuchu cozido, rúcula, repolho, tomate, e jogue por cima fibra de trigo ou linhaça. Não use temperos calóricos. No máximo, uma colher de mostarda amarela.
Na janta, coma uma sopa leve. Se não quiser ir para a cozinha, sugiro tomar uma daquelas sopas de pacote, em porção individual, e com menos de 110 calorias. É só colocar numa xícara, misturar água, e colocar no microondas. A marca Vono é ótima!
Evite o consumo de carboidratos, e coma muita verdura e legumes.
Coma carnes, somente 3 vezes por semana, junto com a salada do almoço.
Entre as refeições, coma sempre uma fruta, ou uma barrinha de cereal.
Sem exercício físico, é difícil emagrecer. Se ir para a academia é difícil, tente trocar sempre a escada pelo elevador e caminhe diariamente.
Lembre-se: é bom emagrecer, mas continuar com a pele firme é melhor ainda. E isso só o exercício físico traz.
IMPORTANTE: Se você usar este texto (ou parte dele) em seu próprio site ou blog, não esqueça de citar o artigo original e seu endereço oficial: http://aurelio.net/mog/dicas-para-emagrecer-rapido.html

A moda agora é desintoxicar

A moda agora é desintoxicar
Mas as dietas para eliminar toxinas do corpo são inúteis e perigosas, dizem os médicos
Anna Paula Buchalla
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Chá de efeito laxante, água morna com sal, limonada com pimenta e água mineral – litros e mais litros dela ao longo do dia. É a receita de uma das dietas de desintoxicação mais populares da atualidade, a Master Cleanse. Ao seu redor, orbitam outras dezenas de regimes alimentares amalucados que se propõem a eliminar as toxinas do corpo em prol da boa saúde – e da perda de peso, por que não? Do jejum à lavagem intestinal, agora elegantemente chamada de hidroterapia do cólon, a teoria por trás das dietas e métodos de desintoxicação é a de que, diariamente, inundamos o nosso organismo com substâncias tóxicas: corantes, conservantes, acidulantes, pesticidas e por aí vai. Igualmente tóxicos seriam os resíduos de carne vermelha, açúcar, farinhas brancas, derivados do leite e cafeína. Para eliminar esses "venenos" do corpo, só mesmo lançando mão das tais dietas desintoxicantes. Em uma delas, permitem-se apenas sucos, purês de vegetais e sopas sem nenhum sólido dentro. Em outra, prega-se um dia inteiro à base de cenoura crua. A seguinte se restringe ao consumo de maçãs. Algumas dietas excluem até grãos e vegetais aparentemente inofensivos. Esse cardápio hipocalórico e absolutamente pobre do ponto de vista nutricional pode se prolongar de poucos dias a mais de um mês, para desespero de médicos e nutricionistas. O assunto foi tema de um artigo na última edição da Harvard Health Letter, uma publicação sobre saúde produzida por médicos da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. De acordo com eles, tudo isso é uma grande bobagem. "O corpo humano é capaz de se defender sozinho, e muito bem, das principais agressões do meio ambiente e das indulgências ocasionais", diz o texto.
Os médicos alertam para os riscos dessas dietas de desintoxicação – oferecidas até em spas luxuosos – à saúde de seus adeptos. "A maioria delas é, na verdade, um regime de privação extrema", explica o nutrólogo Daniel Magnoni. As restrições prolongadas podem causar desidratação, problemas nos rins, fraqueza muscular e arritmias cardíacas. Se o intuito é emagrecer, o jejum pode produzir o efeito inverso: ao desacelerar o metabolismo, a restrição calórica severa torna ainda mais difícil perder peso no futuro. A idéia de desintoxicar ou purificar o organismo por meio de jejuns e lavagens intestinais existe há séculos. Assim como caem facilmente no gosto popular, esses modismos saem de cena de uma hora para outra. A Master Cleanse é um exemplo desse movimento pendular: a prática alternativa foi criada na década de 40 pelo guru da nutrição Stanley Burroughs, para tratar úlceras e outros problemas digestivos. Nos anos 70, com o lançamento de um livro sobre a dieta, ela virou moda entre os que condenavam o uso de pesticidas e aditivos nos alimentos. Passou alguns anos esquecida e, mais recentemente, voltou com tudo. Mas o objetivo do jejum agora é outro – perder peso. A cantora americana Beyoncé, por exemplo, enxugou 10 quilos em dez dias. "É claro que se perde peso; afinal, a pessoa está se privando quase totalmente de calorias", diz o endocrinologista Geraldo Medeiros. É um comportamento de risco. Na semana passada, uma inglesa ganhou na Justiça uma indenização milionária – o equivalente a 2,5 milhões de reais – por causa de danos decorrentes de uma dieta de desintoxicação, a Amazing Hydration Diet (a Maravilhosa Dieta da Hidratação). Além de cortar totalmente o sal da alimentação, ela passou a ingerir 3,5 litros de água por dia. Sofreu um ataque epilético e ficou com seqüelas neurológicas, como perda de memória.
Igualmente perigoso pode ser o mau uso das técnicas de lavagem intestinal. Na moda desde que atrizes como Catherine Zeta-Jones e Drew Barrymore confessaram usar o método para perder peso, melhorar o aspecto da pele e afinar a cintura, a lavagem tem conquistado mais e mais adeptos. Atribui-se a ela a eliminação dos resíduos intestinais que causam doenças crônicas, cansaço, depressão e dores de cabeça. "É preciso varrer a sujeira de dentro para fora", explica a nutricionista Sandra Nogueira, adepta da lavagem há pelo menos quatro anos. "Senão, é como passar perfume em uma casa suja. Não resolve", diz. Em sua clínica, ela recomenda de dez a quinze sessões diárias de terapia do cólon. Quem faz jura que sai de lá revitalizado, com uma sensação de leveza e bem-estar. O problema maior, dizem os especialistas, é o uso da técnica a longo prazo. Ela pode causar anemia, problemas cardíacos e diminuição da atividade intestinal. "Esse tipo de procedimento não tem razão de ser", diz o gastroenterologista Flavio Steinwurz, do Colégio Americano de Gastroenterologia. "Nosso organismo tem um trabalho perfeito de eliminação de impurezas", afirma. Em outras palavras, o intestino não necessita de enemas, dietas especiais ou remédios para eliminar o seu conteúdo. Rins e fígado também fazem eficientemente a sua parte na remoção das toxinas. Daí por que, além de perigosas, essas técnicas são absolutamente inúteis e desnecessárias. Conselho dos médicos de Harvard: "Aos sinais de fadiga e de ganho ou perda de peso inexplicáveis, procure um médico e não um spa de desintoxicação".

Desintoxicar para emagrecer

Há cerca de quarenta anos, a prática de limpar o organismo das toxinas por meio do jejum ganhou popularidade nos Estados Unidos. Seus adeptos queriam apenas afastar o risco de doenças. Recentemente, essas dietas têm sido usadas basicamente por quem quer perder peso rápido – caso da cantora Beyoncé, da spice girl Victoria Beckham e da atriz Gwyneth Paltrow.





CUIDADOS QUE DEVEMOS TOMAR COM AS DIETAS DA MODA

Dieta das proteínas ou dieta do carboidratoNessa proposta diminui ou exclui o consumo de carboidrato e aumenta o consumo de proteína e gordura, com o intuito de que o metabolismo troque o uso de glicose por gordura para gerar energia. É uma alimentação desbalanceada. O consumo excessivo de proteína e gordura pode causar vários malefícios ao organismo, como por exemplo, elevar o colesterol no sangue. Além disso, o carboidrato exerce funções essenciais no organismo e deve fazer parte da alimentação diária. Geralmente as pessoas que seguem essa dieta relatam sentir cansaço, falta de disposição, mau humor e outros sintomas desagradáveis.
Dieta da sopaGeralmente a sopa indicada é feita com uma variedade enorme de legumes e verduras, e em algumas receitas tubérculos, mas não tem uma fonte de proteína, o que torna a dieta desbalanceada também, além disso, não é por muito tempo que as pessoas conseguem seguir, pois logo enjoam de ficar apenas tomando sopa.
Dieta da luaNesta dieta é indicado o consumo de líquidos (chás, sucos, caldos, etc.) após a virada da lua. É uma dieta com baixo valor nutritivo, a pessoa sente fome e no dia seguinte acaba compensando e extrapolando. A eliminação que ocorre é praticamente de água do corpo, não se perde gordura.
Dieta desintoxicanteSão vários tipos: chás que produzem efeito laxante, água morna em jejum, sucos, frutas ácidas, enfim são restrições excessivas, que podem causar desidratação, problemas nos rins, fraqueza muscular, pode prejudicar a flora intestinal, dependendo da restrição terá um tipo de conseqüência.
Essas são apenas algumas dietas, a cada dia surgem novidades. O que de fato posso afirmar é que não existe milagre, é preciso que as pessoas se conscientizem disso e a partir desse pensamento comece a mudar seus hábitos aos poucos, tornando-os saudáveis, e almejando antes de ter um corpo "perfeito", ter saúde, que é o mais importante.
muito boa reportagem tirei do site cyber diet. Onde sou membro
A Alergia Alimentar é uma Reação Adversa a determinado alimento. Envolve um mecanismo imunológico e tem apresentação clínica muito variável, com sintomas que podem surgir na pele, no sistema gastrintestinal e respiratório. As reações podem ser leves com simples coceira nos lábios até reações graves que podem comprometer vários órgãos. A Alergia Alimentar resulta de uma resposta exagerada do organismo a determinada substância presente nos alimentos.

O que é Reação Adversa a Alimentos? É qualquer reação indesejável que ocorre após ingestão de alimentos ou aditivos alimentares. Estas podem ser classificadas em reações tóxicas e não-tóxicas. As reações não-tóxicas podem ser de Intolerância ou Hipersensibilidade. Exemplo de reação não-alérgica são as reações por ingestão de alimentos contaminados por microorganismos. Estas se apresentam agudamente com febre, vômitos, diarréia e geralmente acometem várias pessoas que ingeriram os alimentos contaminados.
A Intolerância à Lactose é uma reação alérgica?
A intolerância à lactose é uma desordem metabólica onde a ausência da enzima lactase no intestino determina uma incapacidade na digestão de lactose (açúcar do leite) que pode resultar em sintomas intestinais como distensão abdominal e diarréia. Esta intolerância geralmente é dose dependente e o indivíduo pode tolerar pequenos volumes de leite por dia ou se beneficiar dos leites industrializados com baixos teores de lactose. Portanto, a Intolerância à Lactose não é uma Alergia Alimentar apesar de frequentemente confundida pelos familiares e profissionais de saúde. Torna-se importante esta diferenciação, pois a orientação nutricional é distinta. Enquanto na intolerância à lactose, eventualmente, é possível ingerir pequenas quantidades de leite, na Alergia às proteínas do leite, a alimentação não deve conter leite ou derivados.
Qual a prevalência da Alergia Alimentar? Estima-se que as reações alimentares de causas alérgicas verdadeiras acometam 6-8% das crianças com menos de 3 anos de idade e 2-3% dos adultos.
Os indivíduos com outras doenças alérgicas apresentam maior incidência de Alergia Alimentar? Pacientes com doenças alérgicas apresentam uma maior incidência de Alergia Alimentar sendo encontrada em 38% das crianças com Dermatite Atópica e em 5% das crianças com quadro de asma.
Quais os fatores envolvidos na Alergia Alimentar? A predisposição genética, a potência antigênica de alguns alimentos e alterações a nível do intestino parecem ter importante papel. Existem mecanismos de defesa principalmente a nível do trato gastrintestinal que impedem a penetração do alérgeno alimentar e conseqüente sensibilização. Estudos indicam que de 50 a 70% dos pacientes com Alergia Alimentar possuem história familiar de alergia. Se o pai e a mãe apresentam alergia, a probabilidade de terem filhos alérgicos é de 75%.
Quais os alimentos mais frequentemente envolvidos na Alergia Alimentar? Qualquer alimento pode desencadear reação alérgica. No entanto, leite de vaca, ovo, soja, trigo, peixe e crustáceos são os mais envolvidos. A sensibilização a estes alimentos (formação de anticorpos IgE) depende dos hábitos alimentares da população. O amendoim, os crustáceos, o leite de vaca e as nozes são os alimentos que com maior freqüência provocam reações graves (anafiláticas). Os alimentos podem provocar reações cruzadas, ou seja, alimentos diferentes podem induzir respostas alérgicas semelhantes no mesmo individuo. O paciente alérgico ao camarão pode não tolerar outros crustáceos. Da mesma forma, pacientes alérgicos ao amendoim podem também apresentar reação ao ingerir a soja, ervilha ou outros feijões.
E quanto aos corantes e aditivos alimentares? As reações adversas aos conservantes, corantes e aditivos alimentares são raras, mas não devem ser menosprezadas. O corante artificial tartrazina (FD&C amarelo#5), sulfitos e glutamato monossódico são relatados como causadores de reações. A tartrazina pode ser encontrada nos sucos artificiais, gelatinas e balas coloridas enquanto o glutamato monossódico pode estar presente nos alimentos salgados como temperos (caldos de carne ou galinha). Os sulfitos são usados como preservativos em alimentos (frutas desidratadas, vinhos, sucos industrializados) e medicamentos tem sido relacionados a crises de asma em indivíduos sensíveis.
Quais as principais manifestações clínicas da Alergia Alimentar? São mais comuns as reações que envolvem a pele (urticária, inchaço, coceira, eczema), o aparelho gastrintestinal (diarréia, dor abdominal, vômitos) e o sistema respiratório, como tosse, rouquidão e chiado no peito. Manifestações mais intensas, acometendo vários órgãos simultaneamente (Reação Anafilática), também podem ocorrer. Nas crianças pequenas, pode ocorrer perda de sangue nas fezes, o que vai ocasionar anemia e retardo no crescimento. Sintomas nasais isolados não são comuns.
O que é Reação Anafilática? É uma reação súbita, grave que impõe socorro imediato por ser potencialmente fatal. A Reação Anafilática pode ser provocada por medicamentos, venenos de insetos e alimentos. Na Alergia Alimentar, o alimento induz a liberação maciça de substâncias químicas que vai determinar um quadro grave de resposta sistêmica associado à coceira generalizada, inchaços, tosse, rouquidão, diarréia, dor na barriga, vômitos, aperto no peito com queda da pressão arterial, arritmias cardíacas e colapso vascular ("choque anafilático").
O exercício físico pode provocar reação anafilática? Exercício físico pode provocar reação anafilática muito raramente. Associação de ingestão de alimento e exercício físico extenuante também tem sido observada.
O que é Síndrome de Alergia Oral? É uma manifestação de Alergia Alimentar que ocorre após contato de determinados alimentos com a mucosa oral. As manifestações ocorrem imediatamente após contato do alimento com a mucosa da boca, ocasionando coceira e inchaço nos lábios, palato e faringe. O edema de glote não é freqüente. Ocorre principalmente em pacientes com alergia aos polens e os alimentos mais frequentemente envolvidos são: melão, melancia, banana, maçã, pêssego, cereja, batata, cenoura, ameixa, amêndoa, avelã e aipo.
Como o médico pode fazer o diagnóstico de Alergia Alimentar? O diagnóstico depende de história clínica minuciosa associada a dados de exame físico que podem ser complementados por testes alérgicos. Na história clínica, é fundamental que o paciente ou seus pais, no caso das crianças, auxilie fornecendo detalhes sobre os alimentos ingeridos rotineiramente ou eventuais. Em algumas situações é possível correlacionar o surgimento dos sintomas com a ingestão de determinado alimento. Em outras ocasiões o quadro não é tão evidente, necessitando de história mais detalhada. Isso ocorre principalmente quando as reações ocorrem horas após a ingestão do alérgeno. A Alergia Alimentar ocorre mais frequentemente nas crianças pequenas onde o leite de vaca e o ovo são os alimentos mais comuns. Apesar de muitas vezes incriminado (pelos pais e avós) como causa de Alergia Alimentar, o chocolate raramente causa alergia. Nestes casos, se torna necessário pesquisar alergia às proteínas do leite de vaca ou da soja, usadas em sua fabricação. Nos adultos, o camarão é queixa freqüente em nosso meio.
Qual a importância da Alergia Alimentar na Dermatite Atópica? Segundo alguns autores, a Alergia Alimentar está presente em 38% das crianças com Dermatite Atópica moderada/grave. A Dermatite Atópica se apresenta com um quadro de coceira de intensidade moderada a grave, irritabilidade, escoriações provocadas pelo ato de coçar a pele, ressecamento generalizado da pele e eczema simétrico nas dobras dos cotovelos e joelhos, pescoço, face e superfície extensora dos braços e pernas. Os alimentos mais envolvidos são o leite de vaca, ovo, soja, trigo.
O que é o teste alérgico? É um método diagnóstico seguro e geralmente indolor. Deve ser realizado pelo médico especialista que após história clínica e exame físico, determinará quais substâncias podem ter importância no quadro clínico e, portanto, deverão ser avaliadas. O desconforto pode ocorrer pelo prurido (coceira) localizado à área do teste, no caso da reação positiva. Na maioria das vezes é realizado no antebraço após higiene local com algodão e álcool. O resultado é obtido em 15 a 20 minutos e a reação positiva consiste na formação de uma pápula vermelha, semelhante à uma picada de mosquito. Esta reação indica presença de IgE específica ao alimento testado. Algumas vezes torna-se necessário realizar o teste com o próprio alimento in natura . Em algumas situações, o teste cutâneo deve ser substituído pela dosagem de IgE específica no sangue. São elas: necessidade de uso diário de anti-histamínicos (antialérgicos), não disponibilidade de material para teste, presença de eczema severo ou história sugestiva de reação intensa (reação anafilática) a determinado alimento. Muitas vezes o alergista realiza as duas formas de avaliação para ter maior segurança no diagnóstico.
Como tratar a Alergia Alimentar? Até o momento, não existe um medicamento específico para prevenir a Alergia Alimentar. Uma vez diagnosticada, são utilizados medicamentos específicos para o tratamento dos sintomas (crise) sendo de extrema importância fornecer orientações ao paciente e familiares para que se evite novos contatos com o alimento desencadeante. As orientações devem ser fornecidas por escrito visando a substituição do alimento excluído e evitando-se deficiências nutricionais até quadros de desnutrição importante principalmente nas crianças. O paciente deve estar sempre atento verificando o rótulo dos alimentos industrializados buscando identificar nomes relacionados ao alimento que lhe desencadeou a alergia. Por exemplo, a presença de manteiga, soro, lactoalbumina ou caseinato apontam para a presença de leite de vaca. Todas as orientações devem ser fornecidas aos pacientes e familiares.
O que fazer caso venha ocorrer a ingestão acidental do alimento? A exclusão de um determinado alimento não é tarefa fácil e a exposição acidental ocorre com certa freqüência. Os indivíduos com Alergia Alimentar grave (reação anafilática) devem portar braceletes ou cartões que os identifiquem, para que cuidados médicos sejam imediatamente tomadas. As reações leves desaparecem espontaneamente ou respondem aos anti-histamínicos (antialérgicos). Pacientes com história de reações graves devem ser orientados a portar medicamentos específicos (adrenalina), mas torna-se obrigatório uma avaliação em serviço de emergência para tratamento adequado e observação, pois em alguns casos pode ocorrer uma segunda reação, tardia, horas após.
O paciente que apresenta reação a determinado alimento poderá um dia voltar a ingeri-lo? Aproximadamente 85% das crianças perdem a sensibilidade à maioria dos alimentos (ovos, leite de vaca, trigo e soja) que lhes provoca alergia alimentar entre os 3-5 anos de idade. O teste cutâneo permanece positivo apesar do aparecimento da tolerância ao alimento. A sensibilidade ao amendoim, nozes, peixe e camarão raramente desaparece. Em alguns casos, principalmente nas crianças, a exclusão rigorosa do alimento parece promover a diminuição da alergia. O alimento deve permanecer suspenso por aproximadamente 6 meses. Após este período o médico especialista poderá recomendar uma reintrodução do alimento e observar os sintomas. Se o indivíduo permanecer assintomático e conseguir ingerir o alimento, o mesmo pode ser liberado. Caso ocorra qualquer sintoma, a dieta de eliminação deve ser mantida. A presença de reação alérgica grave, como a anafilaxia ao amendoim, contra-indica esta reintrodução. Nos pacientes altamente sensibilizados, a presença de quantidades mínimas do alimento pode desencadear reação de extrema gravidade.
Existe algum meio de prevenir a Alergia Alimentar? Algumas orientações devem ser dadas aos recém-nascidos de pais ou irmãos atópicos. O estímulo ao aleitamento materno no primeiro ano de vida é fundamental assim como a introdução tardia dos alimentos sólidos potencialmente provocadores de alergia. Recomenda-se a introdução dos alimentos sólidos após o 6º mês, o leite de vaca após 1 ano de idade, ovos aos 2 anos e amendoim, nozes e peixe, somente após o 3º ano de vida.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

11 DICAS PARA EXTERMINAR A BARRIGA

Exterminar a barriga! Isso é possível se você adotar algumas
condutas espertas na sua rotina alimentar. Quem ensina é a
nutricionista funcional Andréia Naves, diretora da VP
Consultoria Nutricional de São Paulo:

1Inclua no cardápio alimentos antiinflamatórios, que
previnem o acúmulo de gordura no abdome: cúrcuma, gengibre,
pimenta vermelha, cháverde, frutas vermelhas (mirtilo, uvas
e berries) e peixes em geral.

2 Fique longe do excesso de açúcar – proveniente,
principalmente, dos refrigerantes. No quesito bebidas,
aliás, evite tomá-las junto às refeições para não
comprometer a absorção de nutrientes importantes no processo
de emagrecimento.

3 Elimine as toxinas.
Para tanto, saboreie, pelo menos, duas porções (1 pires) de
couve, couve-debruxelas, brócolis ou agrião cozidas no
vapor. Assim, você potencializa a desintoxicação do
organismo. Se possível, opte pelas versões orgânicas.

4 Reduza o estresse.
Ele aumenta, de forma desequilibrada, a produção de cortisol
(hormônio que estimula enzimas responsáveis pelo acúmulo de
gordura no abdome). Como relaxar? Escolha alimentos que
diminuem sua ação no organismo (abacate, chá-verde, vitamina
C); intercale as refeições de três em três horas e invista
em terapias corporais como, por exemplo, reiki, shiatsu e
biodança.

5 Acerte no óleo.
Ao cozinhar, prefira o de canola, de soja, de arroz ou de
coco (sempre em pouca quantidade). Entre outros benefícios,
eles aceleram o metabolismo.

6 Controle os hormônios. Eles mantêm o funcionamento
celular, regulando o metabolismo energético e o peso
corporal. A sugestão é consumir cereais integrais, quinoa,
linhaça, soja, frutas e vegetais e castanhas e azeite de
oliva.

7

Evite adoçantes artificiais.
Eles aumentam a absorção de
glicose – que será armazenada na forma de gordura no tecido
adiposo (principalmente, na região abdominal). As versões
naturais – à base de estévia – estão liberadas.

8 Troque as carnes vermelhas por peixes e aves. O ideal é
consumir versões como pescada, sardinha, merluza e lambari.
Elas possuem menos toxinas e metais tóxicos que comprometem
a “barriguinha”.

9 Aposte em abacaxi, mamão e hortelã – principalmente após
as refeições. Eles contribuem para uma eficiente digestão de
proteínas, sendo potentes estimuladores estomacais.

10 Incremente a salada. A dica é misturar o azeite de oliva
com o óleo de gergelim, o de linhaça e o de macadâmia na
azeiteira. Para completar, disponha sobre ela algumas folhas
de ervas, como a sálvia, por exemplo. O prato é um grande
aliado do processo digestivo.

11 Pratique exercícios físicos. Afinal, têm efeito
importante na redução da gordura. Combine atividades que
aumentam a massa muscular com aulas de “jump” e “bike”. São
excelentes!

Trastornos Alimentares

Dentre os transtornos alimentares, há uma nova categoria diagnóstica proposta pelo DSM-IV, para possível inclusão, denominada transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP). Encontra-se no Apêndice B do DSM-IV e, até o presente estudo, é diagnosticada nos transtornos alimentares sem outra especificação.

A caracterização desse transtorno baseia-se na presença de compulsão alimentar com subseqüente angústia devido à ausência de comportamentos regulares voltados para eliminação do excesso alimentar. A compulsão alimentar é definida atualmente por “ingestão, em um período limitado de tempo, de uma quantidade de alimentos definitivamente maior do que a maioria das pessoas consumiria num período similar, sob circunstâncias similares, com sentimento de falta de controle sobre o consumo alimentar durante o episódio”.1

O TCAP foi descrito a partir de observações de pacientes obesos, porém, apesar de bastante freqüente nesse grupo, também acomete indivíduos de peso normal. Cerca de metade dos pacientes desenvolve a compulsão alimentar mesmo antes de se envolver em dietas, o que favorece, por sua vez, o ganho de peso. Estudos epidemiológicos descrevem uma prevalência de TCAP em 2% da população geral e cerca de 30% de obesos que procuram serviços especializados para tratamento de obesidade. A obesidade, no entanto, não é considerada uma doença psiquiátrica nem uma condição para um diagnóstico de transtorno alimentar; trata-se de uma condição física que advém de múltiplas causas e pode trazer variadas conseqüências.

O critério de diagnóstico para TCAP proposto pelo DSM-IV requer a presença de:

a. Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de compulsão alimentar é caracterizado por ambos os seguintes critérios:

1. ingestão, em um período limitado de tempo (por exemplo, dentro de um período de duas horas), de uma quantidade de alimentos definitivamente maior do que a maioria das pessoas consumiria em um período similar, sob circunstâncias similares;

2. um sentimento de falta de controle sobre o episódio (por exemplo, um sentimento de não conseguir parar ou controlar o que ou quanto se come).

b. Os episódios de compulsão alimentar estão associados a três (ou mais) dos seguintes critérios:

1. comer muito e mais rapidamente do que o normal;

2. comer até sentir-se incomodamente repleto;

3. comer grandes quantidades de alimentos, quando não está fisicamente faminto;

4. comer sozinho por embaraço devido à quantidade de alimentos que consome;

5. sentir repulsa por si mesmo, depressão ou demasiada culpa após comer excessivamente.

c. Acentuada angústia relativa à compulsão alimentar.

d. A compulsão alimentar ocorre, pelo menos, dois dias por semana, durante seis meses.

e. A compulsão alimentar não está associada ao uso regular de comportamentos compensatórios inadequados (por exemplo, purgação, jejuns e exercícios excessivos), nem ocorre durante o curso de anorexia nervosa ou bulimia nervosa.1

Portanto, de acordo com os critérios de diagnósticos, é necessário que a compulsão alimentar se dê em um período de tempo delimitado, o que exclui, por exemplo, indivíduos que “beliscam” o dia todo pequenas quantidades de alimentos. A quantidade de alimentos deve ser grande para um determinado período (por exemplo, período de duas horas), mesmo considerando-se que esse julgamento seja subjetivo.

Além disso, é importante o sentimento de perda de controle, em que o indivíduo fica sem liberdade para optar entre comer ou não comer. Por fim, o paciente deve apresentar sofrimento relativo a esse comportamento recorrente e ter sua vida pessoal comprometida em virtude dessa enfermidade.

O TCAP acomete indivíduos de todas as raças, com distribuição aproximada entre os sexos (três mulheres para cada dois homens), geralmente tendo início no final da adolescência. Mulheres com esse diagnóstico apresentam índice de massa corporal (IMC= peso/altura ao quadrado) mais alto do que mulheres sem TCAP, assim como oscilações de peso mais freqüentes e maior dificuldade em aderir ou manter o peso ao tratarem a obesidade. Costumam se auto-avaliar, principalmente em função de seu peso e forma do corpo, diferentemente dos obesos sem TCAP. Estudos apontam não só escores mais elevados de sintomatologia depressiva como, em média, depressão clínica completa em 50% dos casos.2

Muitos autores apontam “traços” de personalidade comuns em pacientes com TCAP: baixa auto-estima; perfeccionismo; impulsividade; e pensamentos dicotômicos (do tipo “tudo ou nada”, ou seja, total controle ou total descontrole).

Diagnóstico diferencial

O principal diagnóstico diferencial a ser feito é com a bulimia nervosa. A compulsão alimentar ocorre em ambos os casos, embora as bulímicas sejam ainda mais preocupadas com o peso e, em geral, mantenham-no dentro dos limites da normalidade. Bulímicas tendem a tentar compensar o excesso alimentar imediatamente após o episódio, com métodos purgativos, especialmente vômitos, laxantes e diuréticos (em 90% dos casos). Com isso, os episódios de bulímicas costumam ser mais facilmente identificados, pois geralmente são marcados (término) pela purgação. Pacientes com TCAP até podem fazer uso de métodos purgativos, mas não costumam fazê-lo com tanta freqüência e regularidade. Já o diagnóstico diferencial com bulímicas não purgadoras é mais difícil, devendo-se considerar o padrão alimentar mais restritivo do que em pacientes bulímicas. Os jejuns e os exercícios físicos extenuantes costumam ser feitos para compensar um eventual ganho de peso com a compulsão; esses comportamentos não são tão comuns em pacientes com TCAP.

Outro diagnóstico diferencial é a depressão atípica, que, em geral, envolve hiperfagia e ganho de peso entre outros sintomas. Apesar de sintomas depressivos ser comuns em pacientes com TCAP, deve-se avaliar o que é primário em cada caso: se a preocupação central é com o comportamento alimentar descontrolado, e conseqüente ganho de peso e baixa auto-estima, ou se prevalecem aspectos de pessimismo geral em relação à vida, tristeza e descuido de si mesmo (desvalor do corpo e saúde).

Tratamento

As pesquisas sobre o tratamento do TCAP estão em fase inicial, e, até o presente estudo, não há evidências científicas de que uma abordagem seja superior a outra. As abordagens estudadas com mais ênfase são os tratamentos com antidepressivos e as psicoterapias, sendo que as intervenções combinadas parecem ser mais eficazes.

O objetivo do tratamento é estabelecer hábitos saudáveis de alimentação e ajudar o paciente a evitar todas as formas de hiperalimentação.3

A hospitalização raramente é necessária. A experiência clínica e de pesquisa indica que a grande maioria das pessoas com TCAP pode ser tratada ambulatorialmente. A hospitalização se indica quando, por exemplo, o paciente apresenta um quadro muito grave associado à depressão , ao risco de suicídio ou também a outras complicações físicas.4

As drogas mais estudadas no tratamento do TCAP são os antidepressivos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (fluoxetina, fluvoxamina, paroxetina, sertralina) e o tricíclico imipramina.

Hudson et al5 dão as seguintes recomendações para o tratamento do TCAP com antidepressivos:

1. antidepressivos podem ser considerados como uma opção para todos pacientes com TCAP, principalmente para aqueles que não responderam aos tratamentos psicossociais.

2. comece com um inibidor seletivo da recaptação da serotonina (fluoxetina, fluvoxamina, paroxetina ou sertralina).

3. esteja preparado, se necessário, para conduzir um mínimo de três testes com antidepressivos, no sentido de obter a melhor resposta.

4. use doses de medicação e duração de tratamento similares àquelas utilizadas no tratamento da bulimia nervosa e da depressão maior.

As doses podem ser elevadas gradualmente a cada duas a três semanas, observando seus efeitos sobre o comportamento alimentar compulsivo, assim como o efeito sobre o humor. A droga mais utilizada tem sido a fluoxetina (Prozac, Fluxene, Daforin, Eufor, Verotina), sendo que estudos em pacientes bulímicas apontam diferenças significativas sobre a compulsão alimentar quando se utiliza 60 mg diários frente à dose de 20 mg. Não existem estudos sobre quando interromper o tratamento de forma definitiva. Recomenda-se seguir o tratamento por no mínimo um ano após a remissão dos sintomas. Algumas drogas utilizadas para obesidade têm sido testadas mais recentemente e apontam para resultados favoráveis sobre o comportamento compulsivo; é o caso da sibutramina (Reductil e Plenty), na dose de 10 mg a 15 mg diários. No entanto, deve-se atentar para interações medicamentosas, já que obesos, por várias vezes, fazem usos de outras drogas ou apresentam comorbidades clínicas (como hipertensão).

Caso o paciente esteja utilizando um IMAO (inibidor da monoamino-oxidase), deve-se respeitar o período mínimo de intervalo de 15 dias entre a retirada desse inibidor e a introdução de outro antidepressivo.

As abordagens psicoterápicas mais utilizadas e testadas são: terapia cognitivo-comportamental; terapia comportamental; psicoterapia focal; psicoterapia interpessoal; psicoterapias psicodinâmicas; tratamentos de auto-ajuda; e intervenções psicoeducacionais. Essas abordagens podem ser aplicadas individualmente ou em grupo.

A terapia cognitivo-comportamental é a que, dentre as acima citadas, tem sido mais estudada e a que aponta melhores resultados. Trata-se de uma psicoterapia de curto prazo (cerca de 12 a 16 sessões), que enfoca aspectos cognitivos do problema (pensamentos distorcidos) como a auto-avaliação centrada no peso e forma do corpo, baixa auto-estima, perfeccionismo e outros aspectos, enquanto a parte comportamental enfoca os hábitos alimentares inadequados.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Os efeitos benéficos das dietas para a saúde e para o ego de pessoas que estão acima do peso já são bastante conhecidos. Porém, o que pouco se sabe é que as dietas, tão badaladas nesses meses que antecedem o verão, são uma das principais causas dos chamados "transtornos alimentares", principalmente em adolescentes.

"Para adolescentes e crianças, a dieta é um prática particularmente arriscada, uma vez que compromete o crescimento normal e os coloca em risco para o desenvolvimento de um transtorno alimentar", afirma Paula Melin, diretora do Nuttra – Núcleo de Transtornos Alimentares e Obesidade, do Rio de Janeiro.

Os resultados de um estudo realizado na Austrália com 888 pessoas apontam estreita relação entre as dietas e os TAs – transtornos alimentares, como anorexia, bulimia e compulsão alimentar. Constatou-se que as pessoas que fizeram dietas rígidas tinham 18 vezes mais chances de vir a ter um TA do que as que não fizeram uma dieta similar.

O estudo também mostrou que as mulheres que fizeram dieta moderada tinham cinco vezes mais chances de desenvolver um TA do que as que não tinham feito. No Reino Unido, uma outra pesquisa feita com meninas revelou que o risco de uma delas ser diagnosticada com um TA um ano depois de fazer dieta aumentava em oito vezes.

"Hoje, o número de adolescentes que buscam tratamento médico para emagrecer é muito maior do que há dez anos. Entretanto, o que mais preocupa são os jovens que começam a fazer dietas absurdas por conta própria, sem a orientação adequada", alerta a psiquiatra Paula Melin, que coordenou uma ampla pesquisa com jovens no Rio.

De acordo com a pesquisa, realizada com mais de 3.000 adolescentes de ensino médio do Rio de Janeiro, cerca de 75% dos jovens estão insatisfeitos com o próprio corpo. Mais da metade não apresenta hábitos alimentares saudáveis, embora quase todos confessem pensar muito em comida, peso e... dieta.

"Vivemos na era da estetização exagerada do ser humano, da satanização do gordo. As pessoas em geral e sobretudo os jovens têm medo de ser discriminados e excluídos por estarem – ou acharem que estão - acima do peso. Daí a obsessão por perder peso rápido e às vezes de forma drástica e até desnecessária", explica a especialista.

Segundo Paula, a dieta radical não é a causa única dos TAs, mas, em muitos casos, é o fator precipitante. "Ela pode ser um fator de risco particularmente significativo durante a puberdade, quando a percentagem de gordura nos corpos femininos aumenta e existe uma maior sensibilidade quanto à imagem corporal e à atratividade física", diz.

Os TAs são um problema crescente no Brasil e no mundo e, dentre as doenças psiquiátricas, são as que mais causam mortes. Até pouco tempo, eram vistos como doenças de "mulheres jovens, ricas e frescas". Hoje se sabe que anorexia, bulimia e compulsão alimentar também são freqüentes em pobres e em homens.

Em um estudo realizado na Santa Casa de Misericórdia com 415 pacientes de renda mensal baixa, viu-se que 27,5% sofriam de compulsão alimentar – "ataques de comer" periódicos e descontrolados; 18,6% de bulimia - exagero alimentar, seguido de vômitos, abuso de laxantes, diuréticos ou remédios para emagrecer; e 5,4% de anorexia – pavor de engordar e obsessão por magreza.

Segundo os mesmos estudos, cerca de 60% das pessoas com transtornos alimentares têm depressão, 60% ansiedade, 70% transtornos de humor e 30% usam substâncias que causam dependência e danos à saúde, como drogas ilícitas, tabaco e álcool.
Dietas radicais podem causar doenças graves